Vamos ser francos, nem toda startup chega ao IPO. Aliás, apenas uma pequena parcela chega lá. Mas isso não quer dizer que as que ficaram pelo caminho não têm valor. Neste artigo, você vai conhecer o “early exit,” uma estratégia que maximiza o lucro dos empreendedores donos de empresas de médio porte.
Caminhos de uma startup
O que vale mais: uma empresa grande onde você está diluído ou uma média, onde você tem uma fatia maior de mercado?
A trajetória de um empreendedor é sinuosa. Se o objetivo é ser um unicórnio ou chegar à Bolsa de Valores, é preciso estar preparado para passar por diversas rodadas de captação. E mais, ciente de que a complexidade e responsabilidades aumentam a cada fase.
Como aqui nós falamos da vida real das transações, não dá para negar que momentos de captação são estressantes para o founder. Conciliar as negociações com a gestão do negócio e pressão dos acionistas consome tempo e energia.
Existe ainda um perigo que poucos se dão conta: o risco da empresa se tornar grande demais para ser comprada e pequena demais para o IPO.
Sim, porque existem mais compradores para médias empresas do que para as grandes. Poucos grupos têm capacidade para realizar aquisições muito acima de uma faixa de valuation de R$200 milhões.
Nesse contexto, o early exit se mostra um caminho seguro para recompensar os empreendedores e investidores pelo tempo, recursos e risco tomados, além de permitir que os fundadores, agora capitalizados, possam se dedicar a outros projetos ou investimentos.
O que é early exit?
De maneira bem prática, “early exit” é a estratégia que consiste na venda de uma startup em um estágio ainda intermediário, antes do investimento série B ou C. Nessa fase, ela já alcançou o market fit, possui tração, canal de vendas comprovado e está prestes a iniciar a fase de escala.
Ou seja, o “early exit” propõe uma saída estratégica e em condições reais, considerando uma faixa de preço em que existem compradores dispostos a adquirir.
A estratégia implica em mais segurança para o empreendedor e até para os investidores, porque transações desse porte apresentam menor risco e complexidade regulatória.
Por todos esses motivos, o “early exit” está se tornando cada vez mais comum no ecossistema de startups.
Como se preparar para o early exit?
A palavra-chave para maximização do lucro em qualquer operação no mercado de capitais é: planejamento.
É fundamental que os fundadores tenham clareza de seus objetivos, acompanhem os movimentos de seus setores e estejam preparados para tomar decisões estratégicas. Inclusive, essa tríade demonstra profissionalismo e contribui muito para a atração de investidores em qualquer estágio.
Conclusão
O “early exit” é uma estratégia valiosa para empreendedores que desejam garantir a monetização da sua jornada empresarial. Esta abordagem permite aos fundadores vender suas empresas em estágios intermediários, sem que a empresa necessite de rodadas complementares de investimento/diluição, aproveitando o momento certo e minimizando riscos.
Em um ecossistema em constante evolução, como o de tecnologia, o “early exit” oferece uma alternativa sólida e viável para empreendedores capitalizarem seu trabalho e investimentos, ao mesmo tempo em que abrem espaço para novos projetos e oportunidades.
O sucesso no mundo das startups não é apenas sobre chegar ao IPO, mas também sobre tomar decisões estratégicas que melhor atendam aos objetivos e necessidades individuais.
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